quarta-feira, 8 de setembro de 2010

PAÇO DE SOUSA - RIO SOUSA

MUNDOS DO MEU MUNDO
- POR ENTRE CAMPOS DE MILHO, ATÉ AO RIO SOUSA.

Pelas tardes quentes de Setembro, corríamos por um caminho ladeado de campos de milho, chegávamos ao rio Sousa e dávamos uns bons mergulhos nas límpidas águas do açude.
Colhíamos, depois, um cacho de uvas dos muitos que, pelos choupos em vinha de forcado, toda a tarde nos tentavam...
Havia um produto que, para nos dissuadir, os proprietários espargiam pelos cachos e que a gente, passados alguns minutos de os comer, tinha que apressar a ida ao milheiral para se aliviar...
Recompostos, logo aos demais informávamos:
- Eh malta!, as uvas têm caga-já!
E logo todos à uma:
Carago pró carago!

O rio Sousa continua lindo!
Serpenteando todo aquele vale, desde Friande até ao rio Douro, às portas de Gondomar.
Mas é em Paço de Sousa que faz a sua sesta (aconchegado pelo Mosteiro onde jaz Egas Moniz e pela linda Aldeia do Gaiato, onde jaz o Padre Américo, fundador da Obra da Rua, personagens ímpares de Portugal!)...
De repente, por entre choupos e amieiros, descreve algumas piruetas até Parada... Mas logo mete por ali fora! Rasga a penedia na Senhora do Salto e continua a correr, a correr... até chocar com o rio Douro, como na história que nos contavam de David contra Golias...
E quando o burgo portuense do rio Douro começou a fazer penico, foi o rio Sousa que começou a dar de beber à Invicta cidade do Porto.
Protejamos o RIO SOUSA!

Setembro de 2010, Santos Kim

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