quinta-feira, 21 de outubro de 2010

AGORA...


Agora,

que tornaram as praias

à calma das às gaivotas e à espuma

das ondas borbulhando entre seixos e conchas;

Agora,

que posso caminhar descalço pelo areal

à procura dum búzio que devolva

a voz de espanto

da criança que fui

querendo, balde a balde, despejar o mar

naquela poça que cavei com as mãos na areia;

Agora

que o vento mais fustiga as velas dum veleiro

do que os choupos do rio

que atravessa a minha aldeia;

Agora...

agora é que eu descubro

quantos mistérios vão a transportar

no porão dum navio

e quanto é fundo o mar...

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