Agora,
que tornaram as praias
à calma das às gaivotas e à espuma
das ondas borbulhando entre seixos e conchas;
Agora,
que posso caminhar descalço pelo areal
à procura dum búzio que devolva
a voz de espanto
da criança que fui
querendo, balde a balde, despejar o mar
naquela poça que cavei com as mãos na areia;
Agora
que o vento mais fustiga as velas dum veleiro
do que os choupos do rio
que atravessa a minha aldeia;
Agora...
agora é que eu descubro
quantos mistérios vão a transportar
no porão dum navio
e quanto é fundo o mar...
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