ESPERA
Penso, às vezes, que vens de autocarro...
Corro à paragem
-Não desceste
Fico
À espera de outro e enquanto
Espero
Conto
Até cem e outro vem e - nada!
O ciclo
Recomeça no filtro do cigarro.
Penso. às vezes, que vens no autocarro.
E se vens no comboio?...
Na estação de São Bento
Mói a esperança
Por dentro e deito à sorte:
Vens na linha do Minho?
Na do Douro?
Ou na linha do Norte?
Seja a locomotiva
A gasóleo ou a vapor,
O que importa é que chegues, meu Amor!
Porto, Maio de 1981 - Santos Kim
Fernanda Baptista / O Fado Subiu ao Céu
Há 4 dias
Poema cheio de ritmo e musicalidade mas, sobretudo, cheio de VIDA!
ResponderEliminarSim, no seu poema sente-se o correr da vida…
É lindo!