terça-feira, 7 de junho de 2011

ESPERA

ESPERA

Penso, às vezes, que vens de autocarro...
Corro à paragem
-Não desceste
Fico
À espera de outro e enquanto

Espero
Conto
Até cem e outro vem e - nada!
O ciclo

Recomeça no filtro do cigarro.

Penso. às vezes, que vens no autocarro.

E se vens no comboio?...

Na estação de São Bento
Mói a esperança
Por dentro e deito à sorte:
Vens na linha do Minho?
Na do Douro?
Ou na linha do Norte?


Seja a locomotiva
A gasóleo ou a vapor,

O que importa é que chegues, meu Amor!

Porto, Maio de 1981 - Santos Kim

1 comentário:

  1. Poema cheio de ritmo e musicalidade mas, sobretudo, cheio de VIDA!
    Sim, no seu poema sente-se o correr da vida…
    É lindo!

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